terça-feira, 15 de junho de 2010

A Copa do Mundo o que ela nos ensina?

“A Copa do Mundo está começando. O Brasil inteiro estará assentado diante dos aparelhos de TV.
A vitória é intensamente desejada!
Os jogadores – se o Brasil ganhar –, serão transformados em heróis nacionais, deuses do futebol”.
“Por um momento o tempo dará lugar à eternidade. Os vitoriosos, jogadores e torcedores, serão banhados por sua luz, terão suas almas lavadas, estarão em estado de graça.”
O prêmio “será a taça levantada para a contemplação dos olhos ávidos de felicidade e de glória. Os vencidos, de olhos baixos, se entregarão ao choro. Como é ruim, frustrante, a derrota!”
“É assim que a disputa esportiva revive , na força da dramatização ritual-simbólica, o drama profundo da existência humana. Há uma batalha de fundo em que todos estamos metidos e que não admite derrota. Esta seria a destruição e a morte definitiva.”
Marx “havia pensado que a religião era tão somente a expressão simbólica de aspirações não realizadas na vida real, a solução fantástica de problemas reais, a compensação transcendente para frustrações históricas”.
“Nós pensamos que a dimensão religiosa é a mais profunda dimensão da existência humana. O mal deve ser vencido desde as raízes mais profundas do ser humano”.
Sozinhos, “não venceremos”. “Precisamos de redenção, da graça de Deus e temos que lutar articulados, em equipe, por um projeto maior, sem estrelismos, sabendo que a vitória é possível e está ao nosso alcance”.
No entanto, é preciso “ter garra, dar a vida, o sangue, durante todo o tempo da partida. Assim nos ensina Jesus: ‘quem quiser salvar sua vida – sua pele – perdê-la-á e quem perder sua vida por causa de mim, salvá-la-á’”.
Não se pode repetir na vida “os erros que os derrotados cometem nas disputas esportivas”.
“Ninguém recebe a coroa – a taça – antecipadamente e ninguém vence sozinho. A vitória é obra coletiva, garantida por Deus para aqueles que lutam, com garra e inteligência, até o fim.”

por Dom Eduardo Benes

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